(Resolução) FUVEST - USP - Lingua Portuguesa - 2° Fase 2008


08:38                  07.08        Continuando pela meta número 4 que me diz que eu tenho que faze uma resolução de ligua portuguesa por dia, aqui estamos com a prova da segunda fase da FUVEST - USP , ano 2008 , Divirtam-se , gostaria de lembrar que como não sou professora pode ter algum erro na minha correção, eu comparo com o gabarito oficial para ver se pelo menos o resultado dá certo, porém, pode haver alguma interpretação mal feita. agradeço a atenção , (: Vamos lá.








Abaixo coloco o link original, onde poderão ver a prova na integra.
Link:http://www.fuvest.br/vest2008/provas/2fase/por/por2f2008.pdf

(colocando prova) - estou tentando arrumar a questão do tamanho que não bate! - Obs, se não ficar tão perfeita é que estou redimensionando cada imagem pra que dê, fazendo o melhor possível





Questão -
      Alternativa a - Acredito que ficaria algo como: Embora os jornalistas não devessem fazer previsões, fazem-nas o tempo todo. Observem que quando eles pedem para refazer a frase o principal objetivo é que você consiga manter o sentido original da frase, em ambas na inicial e nessa modificada expressa a mesma coisa
    Alternativa b - O "o" grifado é um pronome demonstrativo de coesão, no exemplo dado ele retoma o "prestar contas quando erram". Quando o fazem, fazem o que? Eles não prestam contas quando erram. ** não sei se está bem explicado, não tenho muita didática com língua portuguesa, mais o sentido dado é esse. 
Questão -
     Alternativa a - Não, pois quando observamos o que significa cada um deles, observamos que eles satisfazem um desejo diferente. Na solidão ele satisfaz o desejo de isolamento, já a comunicação é algo que interage, satisfazendo a necessidade de relacionamento social, o que difere da anterior.
    Alternativa b - “(...) a solidão curará nossa aversão à multidão, a multidão, nosso tédio à solidão.” Mantem ainda o sentido original 
Questão -
   Alternativa a - Em “rei do cangaço”, elas se devem ao fato de a expressão ser a um lugar-comum, popularmente associado ao personagem, já as aspas em “fotógrafo”, elas se justificam pelo fato de a expressão aspeada não ser adequada, pois o turista não era propriamente fotógrafo, mas tinha sido convertido em tal pelo cangaceiro ou pela situação.
  Alternativa b - 
I - I… um cangaceiro encontrou uma kodak e entregou ao chefe, que perguntou:
– A quem ela pertence?
IIO “rei do cangaço” disparou (disse) que queria que o homem tirasse o seu retrato.




Questão 
Alternativa a - Não se trata de erros, se trata de uma variação ou diferenças em determinados dialetos locais, falados em Portugal e nas cidades mencionadas. As diferenças são lexicais, são referentes as variações regionais.  
Alternativa b -  Não pois a uniformização ortográfica não afeta as diferenças lexicais, que dizem respeito ao emprego do vocabulário e ao sentido das palavras. 

Questão
Alternativa a -  Na percepção do  contrário, dá a ideia de distanciamento, sentimento de superioridade referente ao cômico , ou seja, de perceber que aquela situação é ao contrário .. e no sentimento de contrário, diferente do primeiro remete a identificação, a compaixão, que gera um humor e não comicidade.
Alternativa b -  Ao percebermos que aquela senhora velha não corresponde ao que uma senhora velha deveria fazer, produzimos o riso.

Questão. 
Alternativa a -  Millôr Fernandez refere-se a expressão proverbial "atirar pérolas aos porcos", que é utilizada no sentido de não desperdiçar esforços com quem não merece ou quem não é digno deles, quem não tem condições de apreciar.. 
Alternativa b - Se reforçam pois ambas reforçam a ideia de que não se deve se destinar um bem valioso a quem não é digno... enfim.


Questão 
Alternativa a-   Machado de Assis se refere ao indianismo, que é uma tendência romântica brasileira. O indianismo  é marcado pela exaltação na natureza e a criação de um herói nacional na figura do índio, elaborado por meio da idealização indígena e da sua cultura. 
Alternativa b-  Justifica-se tendo José de Alencar, estudado profundamente a cultura indígena ele incorpora na escrita características dos considerados " selvagens" , ele buscou também não incorporar na sua escrita ideias modernas e cientificas, com isso, a simplicidade compreendida por Machado como primitivo, se dá por esses aspectos da narração incorporado com o objetivo de ser mais natural, mais real aos aspectos indígenas.

Questão
Alternativa a-  Ele refere-se aos grandes navegadores, que foram responsáveis pela expansão marítima, pela descoberta de novos mares, de novas terras .. ele se assemelha a esses navegadores por se denominar o "descobridor da natureza", que descobre um novo universo, assemelhando-se assim aos grandes navegadores responsáveis pela expansão, por descobrir "novos horizontes".
Alternativa b- Ele difere em relação a como ele vê a sua forma de descobrir,enquanto que os navegadores descobrem novos territórios, ele descobre uma nova forma de realidade, uma nova forma de conhecimento do mundo - a materialidade sensível desse novo universo. 

Questão 
Alternativa a - 

Escobar - Escobar: representa a categoria dos “conhecidos que aspiram à proteção (...)”. O fragmento deixa patente a intenção da personagem de agradar e bajular o amigo que fez no seminário e, especialmente, sua mãe: “... disse... que me estimava pelas minhas boas qualidades e aprimorada educação... Insistia ‘na doce e rara mãe’ que o céu me deu...”

D. Glória (mãe de Bentinho): representa o que Roberto Schwarz denomina o centro da parentela, o “proprietário mais considerável”. Era uma viúva rica, cujo patrimônio provinha de rendimentos das propriedades e de escravos, arrendados ou alugados. Na visão do crítico, D. Glória compõe, com o círculo de parentes, agregados e dependentes em diversos graus, um microcosmo de sociedade brasileira no Segundo Reinado. 

José Dias: é o agregado, figura característica da estrutura patriarcal. É o homem que, não sendo escravo nem empregado, não era também parente, mas vivia sob a proteção do “senhor”, ao qual devia obediência e favores, retribuídos com trabalhos diversos e uma subserviência constante. Personagem das mais interessantes da galeria machadiana, é o “homem dos superlativos”, que “sabia opinar, obedecendo” e que foi agregado à família pelo falecido pai de Bentinho, a quem se apresentou como “médico homeopata”, atribuindo a si mesmo algumas curas. Vivendo desde então com a família, faz da esperteza, da dissimulação, da perspicácia na observação das relações de poder e conveniência, uma forma de sobreviver, da maneira mais favorável, num meio ao qual não pertence propriamente.

Tio Cosme: é, também viúvo, o parente que se coloca sob o teto e a proteção da matriarca. 

Prima Justina: representa uma situação semelhante à de tio Cosme, e cabe observar que a agregação de ambos à estrutura familiar de Dona Glória prende-se à convenção de que, viúva, a matriarca não deveria viver sob o mesmo teto com um homem solteiro, o agregado José Dias. Assim, convocados a se abrigarem sob a proteção da viúva Santiago, serviam como “biombo”, que preservava o decoro e as aparências.

Alternativa b-  Sim. Observa-se que José Dias, em primeiro momento concorda com a prima Justina e tio Cosme, depois para não discordas de D.Glória que afirma ser Escobar "um mocinho muito sério", ele concorda com tal opinião, deixando claro que ele não se preocupa em modificar sua opinião. José Dias não é um parente, porém também não é um funcionário comum, ainda que ocupe uma posição superior que os outros funcionários, preocupa-se em agradas a "patroa" sabendo que não existe nenhum vinculo familiar que a obrigue a mantê-lo em sua residência.


10° Questão
I. “Falo somente com o que falo”, ou seja com concisão, economia vocabular, recorrendo a estruturas fragmentárias, períodos curtos, próximos da técnica cinematográfica, com exibição das mesmas imagens, focalizadas sob ângulos diversos (Estes recursos compõem, em Vidas Secas, uma poética da secura, da carência e da opressão, que expressa tanto a aridez do sertão nordestino, como a visão fragmentária e a “mudez introspectiva”, a “afasia simbólica”, em que vivem os retirantes, aprisionados também pela incapacidade de comunicação verbal).
II. “Falo somente do que falo”, ou seja, da realidade social e psicológica do sertanejo, oprimido pela inclemência do meio geográfico e pela sociedade excludente, desigual, injusta e arcaica.
III. “Falo somente por quem falo”, ou seja, dou voz aos “viventes”, para fazê-los “falar” exibindo as seqüelas sociais e psicológicas da violência, com a intenção de harmonizar a objetividade da crítica do narrador onisciente com a sua capacidade de, prismaticamente, traduzir pelo discurso indireto livre os conflitos, as angústias e os sonhos dos retirantes, homens e animais, captados em sua interioridade dolorosa e problemática.
IV. “Falo somente para quem falo”, com o desejo de mobilizar o leitor, de levá-lo à consciência e desta à ação transformadora em relação à realidade que retrato e denuncio.